quarta-feira, 14 de abril de 2010

(Lição 11) Planejando o orçamento doméstico

Este é o momento de planejar sua vida e traçar seus objetivos.

Para que possamos atingi-los ou não sermos surpreendidos durante o percurso faz-se necessário a elaboração de um orçamento doméstico.

Quem nunca se preocupou em elaborar um orçamento doméstico e administrar melhor suas finanças pessoais, tem hoje motivos de sobra para fazê-lo. Pois hoje, manter as contas em dia é uma questão de sobrevivência. Mas não basta só equilibrar receitas e despesas. É preciso garantir uma sobra (de pelo menos 10% da receita) para emergências. Para tanto, são necessárias disciplina e muita disposição para fazer eventuais ajustes além de caderno, lápis e calculadora. Confira, a seguir, os principais passos para elaborar seu orçamento.

PRIMEIRA ETAPA
1. Reúna os comprovantes de pagamento de todas as contas dos últimos três meses ou pelo menos do último mês, incluindo as faturas dos cartões de crédito e os extratos bancários;
2. Anote as receitas , como salário ou rendas;
3. Relacione, na coluna de despesas, todos os gastos do último mês, dividindo-os entre fixos, semifixos e variáveis;
4. Compare o valor total das despesas com a receita do mês e calcule o saldo (ou déficit):
  • Se houver sobras, aplique-as no mercado financeiro, num fundo de investimentos que na média rende 1% líquido ao mês;
  • Se a conta estiver zerada, comece a planejar uma redução dos custos, de modo a garantir sobras para aplicação no mês seguinte;
  • Se a conta estiver negativa, prepare-se para reduzir as despesas, começando pelos gastos, variáveis;
SEGUNDA ETAPA
1. Crie duas colunas, uma para "orçamento previsto" e outra para "orçamento executado". Na primeira, enumere todos os seus gastos no próximo mês, já considerando eventuais cortes com despesas variáveis.
2. Terminado o mês, relacione na coluna "orçamento executado" todas as despesas no período para confrontá-las com as previstas.
3. Se os ajustes feitos não forem suficientes para garantir uma sobra de caixa ou pelo menos reverter o défict, corte novos gastos variáveis (como supérfluos) ou comece a economizar nas despesas semifixas.

O QUE INCLUIR NO ORÇAMENTO
  • Habitue-se a anotar diariamente todos os gastos, de cafezinho às esmolas.
  • Despesas fixas: prestação do imóvel/ aluguel, condomínio, planos de saúde e de previdência privada, mensalidade escolar, faxineira/empregada doméstica, cursos de idiomas, academia de ginástica.
  • Despesas semifixas: supermercado, feira, açougue, energia elétrica, gás, telefone, combustível, prestação do carro e de outros bens e serviços, assinaturas de jornais, revistas, internet e TV a cabo.
  • Despesas variáveis: roupas, calçados, bares, restaurantes, teatro, cinema, shows, farmácias, viagens, livrarias, presentes, locadoras, seguros, impostos, lavanderia, salão de beleza, cafezinho, pizza, juro do cheque especial e empréstimos pessoais, tarifas bancárias, gorjetas e esmolas.


PARA MANTER AS CONTAS EM DIA
  1. Não gaste mais do que ganha. Só assim você conseguirá se livrar de eventuais apertos e terá dinheiro para investir e planejar viagens e compras futuras;
  2. Procure pagar todas as dívidas inclusive as do cheque especial antes de entrar em novos financiamentos.
  3. Dependendo do caso, vale a pena renegociar os débitos, buscando condições mais vantajosas junto aos credores.
  4. Faça as contas antes de contratar financiamentos para aquisição de bens de alto valor, como casa própria e veículos, que exigem comprometimento de renda por períodos prolongados.
  5. Se não tiver necessidade imediata do produto, aplique o dinheiro num fundo de investimentos ou na caderneta de poupança e compre-o depois, à vista. A economia com os juros será significativa.
  6. Não incorpore o limite do cheque especial à sua renda. O crédito concedido pelo banco, pelo qual ele cobra taxas altíssimas ( que podem superar 400% ao ano), só deve ser usado em situações de emergência e por períodos curtos.
  7. Nunca use o cheque especial para pagar dívidas decorrentes de outros financiamentos.
  8. Nesse caso, você estará pagando juros sobre juros.
  9. Use cartões de crédito para postergar o pagamento de dívidas. Mas, quando receber as faturas, liquide o débito integralmente. Quem rola a dívida, pagando apenas o valor mínimo, arca com juros altíssimos.
  10. Informe-se sobre as taxas de juro (e não apenas sobre o valor das prestações) cobradas nos financiamentos. O valor da prestação pode caber no orçamento de hoje, mas não no de amanhã.
  11. Procure pagar suas contas até o vencimento, de modo a evitar cobrança de multas.

TABELA DE CONTROLE ORÇAMENTÁRIO



















Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se desejar, deixe aqui seu comentário: